Apresenta-se um roteiro de dimensionamento de um Sistema de Aquecimento Solar (SAS) com foco em aplicações industriais. Neste artigo é destacada a importância da consideração das condições climáticas ao longo do ano, bem como a relevância de se utilizar dados confiáveis de radiação solar e o potencial deste tipo de aplicação no Brasil para a diversificação da matriz energética brasileira e racionalização dos recursos energéticos com a contribuição da energia solar. A metodologia seguiu a normativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA). Uma vez estabelecida as condições do sistema e a disposição dos seus principais componentes, foi realizado o cálculo das principais perdas presentes no SAS. Notou-se que a maior parte da energia solar é perdida ainda na área coletora. Partindo do pressuposto de que um SAS é viável tecnicamente quando apresenta uma fração solar mínima de 50%, o SAS dimensionado mostrou-se apto do ponto de vista técnico e operacional, contribuindo para a sustentabilidade da indústria no tocante a incorporação de energia renovável para atendimento de demanda energética.
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