O presente estudo tem por objetivo analisar como as ações governamentais em prol da doação
de sangue são percebidas por doadores, não doadores e potenciais doadores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, tendo em vista que enquanto temática de estudos, é uma questão recorrente no âmbito da saúde pública brasileira e cada vez mais analisada à luz do Marketing Social. Para tal, metodologicamente foi desenvolvida uma pesquisa descritiva com abordagens quantitativa e qualitativa. A etapa quantitativa compreendeu uma amostra composta por 641 indivíduos, cujos dados foram analisados por meio da Análise Fatorial Exploratória, que permitiu a identificação de uma estrutura subjacente de uma matriz de dados, determinou o número de construtos e suas respectivas naturezas. Já a etapa qualitativa foi realizada com 31 indivíduos e as entrevistas foram analisadas pela técnica de Análise de Conteúdo. Como principais resultados identificou-se que as campanhas não são realizadas como forma de modificar o comportamento do sujeito, e, sim, como uma ação emergencial para suprir uma necessidade eminente dos bancos de sangue. Nesse sentido, verificou-se uma precariedade das estratégias relacionadas à doação de sangue empreendidas pelo governo, que vão de encontro à proposta educativa presente na teoria de marketing social.
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