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Este trabalho tem como objetivo estudar as práticas de inteligência competitiva adotadas por empresas de médio e grande porte em operação no Brasil, com base na opinião de especialistas da área (acadêmicos, pesquisadores e consultores), e inferir o seu potencial contributivo para o desenvolvimento de capacidades dinâmicas nas organizações. Para a sua consecução, além da necessária revisão de literatura sobre o tema abordado, coletaram-se dados mediante a realização de entrevistas em profundidade, e buscaram-se estudos semelhantes que possibilitassem a triangulação de informações. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que empregou como técnica de exame dos dados a análise de conteúdo. As evidências sugerem que as práticas de inteligência competitiva ainda estão em estágio inicial de aplicação em empresas brasileiras, necessitando, assim, de esforços para a sua qualificação e consolidação. Considera-se que a inteligência competitiva, como atividade necessária à identificação de alertas antecipados de mercado, favorece a percepção da necessidade de renovação da base de recursos, de desenvolvimento de capacidades e competências, e de readequação organizacional às novas demandas, constituindo-se, portanto, em elemento gerador de capacidades dinâmicas nas empresas.
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