Objetos perfurocortantes ou resíduo do tipo E, como agulhas e lancetas usadas por diabéticos em domicílio, podem transmitir doenças infecciosas e gerar problemas ambientais se dispensados no resíduo comum doméstico. A legislação brasileira determina que o gerenciamento e controle do resíduo E seja efetuado por estabelecimentos de interesse à saúde, em caixas coletoras apropriadas, mas há uma lacuna em relação ao material produzido em domicílios por diabéticos insulinodependentes. O objetivo do estudo foi analisar o sistema de dispensação de recipientes coletores de resíduos E, fornecidos para diabéticos usuários do SUS, no momento da entrega do kit para diabéticos, composto de insulina, lancetas, seringas agulhadas e recipientes coletores de resíduos perfurocortantes. Trata-se de um estudo de caso único, exploratório, descritivo, quantitativo e qualitativo realizado por meio de um levantamento realizado no ano de 2015 em uma Unidade Básica de Saúde, localizada na zona norte de São Paulo. Foram distribuídos 1.294 recipientes de 3 litros, porém apenas 17% da dispensação de recipientes foi corretamente quantificada. Conclui-se que dos 233 pacientes, 72% receberam recipientes insuficientes, considerando a soma total de 263890 insumos perfurocortantes (seringas e lancetas) dispensados no ano de 2015.
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