A crise ambiental é consequência da progressiva industrialização iniciada nos séculos XVIII e XIX tendo como características fundamentais a produção e consumo de bens em larga escala em detrimento dos recursos naturais. Estes aspectos da sociedade industrial são legitimados pelo crescimento econômico e pela qualidade de vida alcançada de uma grande parcela da população mundial graças ao progresso científico e tecnológico. Com a globalização, tal “mentalidade consumista” ganhou força, transformando-se em referência para comportamentos, hábitos e valores em níveis avançados. É possível observar um aumento significativo de estudos referentes aos hábitos de consumo, em diferentes áreas do conhecimento, que têm contribuído com novas tecnologias e/ou incentivos para transformações sócio-econômicas e culturais. Ações relacionadas diretamente ao consumo, individuais e/ou coletivas, também têm sido amplamente estimuladas, emergindo assim um novo comportamento de consumo. Nesse sentido, este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada na cidade de Natal/RN que objetiva analisar o grau de compreensão dos problemas causados pelo consumismo, bem como a aceitação e demanda por produtos oriundos do Design Sustentável. Os resultados apontam para uma baixa compreensão dos cidadãos para sua responsabilidade na temática ambiental, assim como a viabilidade do Design enquanto agente de transformação social direcionado ao desenvolvimento sustentável.
|