No Brasil, as autoridades que se ocupam da política de Ciência, Tecnologia e Inovação, CT&I, somente em casos excepcionais, reconhecem que ciência, tecnologia, inovação e design constituem um sistema, e que sem design as metas dessa política encontrarão mais dificuldades para serem alcançadas. A inovação tecnológica consiste na transformação do progresso feito na ciência em novos avanços tecnológicos, enquanto que o objetivo do design de produto é relacionar estes avanços às necessidades dos usuários. Considerando-se que no desenvolvimento de um produto, o design é responsável pela concepção da interface, de natureza tangível, entre a estrutura tecnológica e os usuários, ocupando-se, para tanto, da determinação das características funcionais, estruturais e estético-formais do produto. Assim, é fundamental que preocupações relativas ao design sejam incorporadas ao processo para que os resultados sejam alcançados. Este artigo apresenta os principais programas de financiamento públicos à inovação tecnológica (não reembolsáveis) presentes no Estado de SP e verifica possíveis diálogos com o campo do design, não só avaliando a possibilidade de submissão de projetos específicos desta área, mas também contribuições e possibilidades financiamento de etapas correlacionadas ao design nos projetos contemplados. Para tanto, o método configura-se como exploratório e descritivo, com fontes de dados baseadas em documentos.
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